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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Dia "D" - 1 de Junho de 2013

No quarto enquanto me vestia, o ser que EU trouxe ao mundo e que eu AMO acima de qualquer outra coisa, olhou para mim e disse:
‘Mãe ixo que tens na tua baguiga não é um bebé! É gurura!’
Não soube o que dizer, na verdade não havia nada a dizer. Não valia a pena justificar, porque era verdade. Perguntei-me ‘Como é que uma criança de quatro anos consegue ver isto? Como é que eu não percebi que estava assim?’
A resposta a esta questão é complexa, mas existe. Estive demasiado tempo a pensar em primeiro lugar nos outros e no meu trabalho.
Coloquei-me no final da lista das minhas prioridades.

Nesse dia tomei a decisão que teria de mudar e foi o que fiz.
Comprei um livro ‘Dieta dos 31 dias’ de Ágata Roquette. Li o livro, fui ao super mercado e comprei  tudo o que era necessário para iniciar essa dieta .
Na segunda-feira seguinte comecei. Foi duro principalmente no 3º dia porque me apetecia comer pão apesar de não ter fome. Mas a vontade de perder o peso que tinha a mais era mais forte do que comer pão. Agora que já estava a fazer a dieta, falta uma coisa mexer, bulir! Tinha feito uma inscrição num ginásio ao meu filho para iniciar aulas de natação. Na altura foi-me feita uma proposta para eu e o meu marido também frequentarmos o clube. Aceitei a proposta já a pensar que teria de ter alguém que me ajudasse e me orientasse. Caso contrario eu iria fraquejar e provavelmente desistir.
Recebi um telefonema de um Personal Trainer (PT) para marcar a avaliação física. Durante a conversa percebi mais uma vez que apesar da minha dieta continuava a não pensar em mim.
Qualquer horário que ele me propusesse eu não podia, ou porque estava a trabalhar, ou porque tinha de ir buscar o meu filho, ou porque era hora do almoço ou porque tinha de ir dar o jantar ao meu Avô , ou porque tinha de fazer o jantar, ou buscar a minha Mãe... Basta! Posso partilhar algumas destas tarefas! E marquei uma hora.

Se a bofetada que o meu filho me deu foi grande a do PT foi muito maior. Eu era obesa! Tinha dores insuportáveis de coluna, pés inchados, cansava-me com facilidade. Estava podre!
Tinha de mudar isso. Ele disse-me que ao fim de um mês eu iria sentir as melhorias relativamente às minhas dores de coluna e que ao fim de 3 meses eu iria começar a perder peso. Três meses? Nem pensar! Eu quero já! Fiquei com a ideia que ele pensou: ‘Mulher, obesa, casada, mãe, sedentária e a trabalhar todo o dia sentada… Vai começar e daqui a um mês já não deve estar cá’. Seria o pensamento mais lógico dadas as minhas características e a minha falta de tempo. Eu tinha de mudar isso.

Tive o meu primeiro treino no dia 10 de Junho. Foi duro mas foi bom. Eu estava a bulir! Senti músculo que não me lembrava que existiam. No final do treino o PT perguntou-me: ‘Quando é que voltas ao ginásio?’ a resposta só podia ser uma ‘Amanhã’.
Passei a ir todos os dias à hora do almoço ao ginásio. Nos dias em que não podia ir por algum impedimento no trabalho ia andar a pé ou de bicicleta depois do trabalho.
Passou a ser rotina. Preparo todos os dias o meu almoço para comer depois do meu treino da hora do almoço. À tarde saio de casa de bicicleta e faço no mínimo 23km ou vou a pé até um ponto de encontro onde estão o meu marido e o meu filho com as bicicletas para darmos uma volta.
Já perdi 10 kg! Recuperei a minha vida.

Vou continuar! 

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