Negócio de sucesso

Ontem no final do dia de trabalho foi-me proposto por um colega uma sociedade num negócio. Tem tudo para dar certo, a ideia é boa e estamos com vontade de avançar.

Passo a explicar, lojas colocadas em sítios estratégicos da cidade. Cada loja será composta por salas temáticas onde as pessoas podem entrar por um período de tempo e destruir tudo. Poderão ser utilizados gadgets para ajudar à destruição tacos de basebol, bastões ou outros. As salas temáticas que estamos a ponderar montar são:

O escritório, reprodução integral de um escrito com mesas, cadeiras monitores, teclados, cestos de papéis e máquina de café.

A sala da sogra casa da sogra, com sofás, televisão, mesa, cadeiras, bibelôs parolos, cristaleira , quadro da última ceia ou do menino com a lágrima.
Assembleia reprodução de algumas filas da assembleia da república.
Bancadas de estádio de futebol.
Zona dos doces do super mercado.
Mas a que mais me agradou foi a reprodução de um posto da segurança social. Parece-me que terá imensa saída se a localização da loja for perto da segurança social. Já estou a imaginar as pessoas a tirar senha para serem atendidas e enquanto esperam 5 horas vão à minha loja destruir a sala da segurança social.
Vou concorrer ao QREN com estre projecto. Com uma ideia destas o financiamento já está no papo.

A ira do Vegeta

Ontem tive treino, fiquei cansada mas não parecia nada de especial. Hoje tive a real noção da coça que levei. Doí-me tudo! Estou cheia de sono e dormi o número de horas que normalmente dormo.
O Vegeta tem puxado cada vez mais por mim, de tal maneira que já me apeteceu dar-lhe um soco! Ontem foi claramente um desses dias. É engraçado que não me parece minimamente incomodado pelas dores que eu sinto durante o treino.
Pelo que pude observar é uma característica comum em todos os PTs. Cambada de saudaveisinhos! A pior parte é que podem comer croissants que não lhes vão directamente para os pneus. Esta gente deve ser de outro planeta só pode.

Apesar de todas as dores que sinto, a sensação que fica é boa. Sinto que estou a progredir no meu treino. Estou a fazer exercícios diferentes e isso é bom para que não se torne monótono. Hoje vou treinar outra vez.

Não consigo parar, nem posso parar! Obrigada Vegeta! ;)

O dia em que vi estrelas

Durante a minha adolescência sempre tive a mania que era muito radical. Quase no final das férias de Verão e a uns dias de fazer 15 anos fui à Póvoa de Varzim ter com os meus avós que estavam lá a passar uns dias de férias.

No primeiro dia que passei lá vi uns patins em linha numa loja que eram a minha cara. Tanto devo ter chateado que os meus Avós me deram dinheiro como prenda de aniversário para poder comprar os patins.

Já tinha andado mas nunca em linha, quando comecei não me pareceu difícil e ganhei uma certa confiança. Passei o resto das minhas tardes a andar de patins com a minha irmã e com uma colega.

Até que um dia decidi ir mais além. Tinham montado uma rampa para o pessoal que andava de bike e de skate perto de minha casa, decidi testa-la com os patins. Tenho a dizer que não foi boa ideia, principalmente porque não tinha capacete. Olhei para a rampa e sem medo tentei subi-la... Grande croma! Cai de costas, bati com a cabeça e fiquei uns minutos a olhar para o céu a ver estrelas. Não devia ter feito aquilo, podia ter corrido muito mal. Nunca mais tentei repetir e aos poucos encostei os patins.

Os patins ainda existem, estão algures em casa dos meus pais. Já os tentei encontrar mas sem sucesso. Tenho vontade de voltar a andar. Quando os encontrar não me vou armar e vou andar de capacete e protecções para os joelhos, cotovelos e mãos.

A minha bike

O meu filho tem tudo o que quer, sem precisar de se esforçar. Como é filho, neto, bisneto, sobrinho e afilhado único arranja sempre alguém que lhe dê o que quer.

Quando eu era miúda queria uma bicicleta nova, porque a que eu tinha era pequena de mais para mim e ainda tinha rodinhas. Lembro-me que não a pedi aos meus pais. Juntei o dinheiro que me deram na Primeira Comunhão e mais uns trocos que tinha no meu porquinho para comprar uma.
Juntei 15 contos, mas a bicicleta custava 17. O meu pai deu-me o resto e fomos os dois à Sport 2000 comprar a bike. Na altura o ano 2000 pareceria tão longe e eu imaginava que as bikes no ano 2000 voariam como no ET. Escolhi uma BMX turbo com suspensão, cor de rosa e branca. O meu Pai pediu para colocarem um cesto à frente para eu ir comprar pão.

Quando cheguei a casa peguei logo na bike, não chegava com os pés ao chão. Mal sabia andar e cai 13 vezes seguidas nesse dia. Sei o numero de vezes que cai porque as minhas vizinhas estavam todas invejosas e em vez de andarem nas bicicletas delas passaram a tarde a contar  bem alto as vezes que eu caia enquanto riam.

Nos dias que se seguiram a minha mãe não me deixou andar de bicicleta, porque ia ter um espectáculo de ballet e estava com os joelhos todos esfolados. Ainda hoje tenho as marcas dos 13 tombos da BMX, gosto delas. Aprendi a andar sozinha de bicicleta naquele dia, apesar de ter gente a contar as vezes que eu caia. De cada vez que cai, levantei-me e voltei a tentar, não desisti.
Depois do espectáculo peguei na bicicleta e passei o Verão todo a andar nela.

 

Quero que o meu filho tenha a sensação de conquista e de merecer algo, tal e qual como eu senti com a minha BMX. Vou ter de trabalhar isso com ele, confesso que não o tenho feito.

O meu objectivo

Quando comecei a minha dieta queria ser magra, não queria ser gorda. Neste momento já não quero ser magra. O meu objectivo não é ser uma magricelas escanzelada. Em termos estéticos o meu objectivo é perder a gordura localizada e definir o meu corpo. Nunca ficou mal uma mulher ter o abdómen definido e é isso que eu quero. Tenho outro objectivo que é melhorar a minha condição física, para poder fazer tudo que sempre quis e as coisas que fazia antes que já n conseguia. Sei que a idade começa a pesar, mas gostava de poder voltar a fazer algumas das 'acrobacias' que fazia antes.
Sinto que estava muito parada e enferrujada, qualquer movimento diferente q fizesse tinha dores. Parecia que a única coisa que funcionava em condições no meu corpo era a cabeça e até isso sabe Deus como andava...

Neste momento sinto-me muito melhor comigo, mas tenho de continuar. Não consigo parar a meio do caminho, tenho as ferramentas para continuar, quem me ajude, quem me motive e me faça fazer mais. Não tenho desculpa para parar e sei que não vou falhar. Tenho gente de olho em mim, que me vê como exemplo e também por eles não vou falhar.

Decidi experimentar alguns alimentos novos, coisas que já tinha ouvido falar mas ainda não tinha provado. Comecei a comer quinoa e gosto. Dá para comer de várias formas em sopa, saladas ou como acompanhamento. Para quem não sabe quinoa é um cereal, é um excelente alimento pelas propriedade que tem e é conhecido também como 'proteína em grão'.Também comprei noodles e pastas de konjac confesso que ainda não provei. Vou experimentar este fim de semana e depois dou a minha opinião.

Coisas que me dizem...

Todos os dias me perguntam e dizem coisas  do tipo:

Qual é a mascara que utilizas?

Tens umas pestanas enormes, quem me dera ter assim!

Gosto das tuas meias, onde compraste?

Ficas tão bem de saia e sabrinas!

Utilizo a mesma máscara que utilizava antes, as minhas pestanas sempre foram grandes, compro o mesmo tipo de meias há anos e visto saias ou vestidos com sabrinas desde que me lembro de mim.

O que antes não se via e não brilhava agora não passa desapercebido. Não é presunção minha, é apenas a verdade. Isto não apconteceu apenas porque pedi os kilos que tinha a mais, mas sim porque decidi mudar. É interessante ver que utilizando exactamente as mesmas coisas mas mudando a atitude tenho tido resultados diferentes.

Desafio

Nos últimos tempos tenho-me sentido pouco motivada e entediada com o meu trabalho. Não sei se alguém tinha percebido isso, mas o facto é que na semana passada foi-me proposto um novo desafio. Não era bem o que eu pretendia, mas é diferente e só por isso até poderá ser bom. Aceitei e apesar de ser terreno obscuro para mim estou com vontade de começar. Tenho a ideia de que quando me dizem ‘Ui… Aquilo é do pior…’ quer dizer que eu vou gostar. Adoro sentir a pressão do tempo de entrega e de ter muita coisa para fazer. Tomar decisões na hora e não poder errar. Talvez seja uma característica que ganhei durante a minha formação militar. Vai ser bom para mim sair da minha zona de conforto.

Este fim-de-semana abusei na comida, tenho a sensação de que as 600gr que tinha perdido durante a semana voltaram. Comi três crepes no sábado, foi a loucura. Estava a chover e resolvi ficar de pijama o dia quase todo.

Nos dias do pijama, costumo colocar o avental e vou para a cozinha armar-me em Master Chef. Gosto de fazer pasta fresca, bife Wellington, pudins de maracujá ou coco, sericaia entre outras coisas. Desta vez foram crepes! O meu filho adorou. Costumo partilhar com ele a cozinha. Ele tem um avental e um chapéu de cozinheiro, depois de vestido a rigor tem sempre uma tarefa (que o pai insiste em lhe roubar), lamber a colher de pau e as taças onde faço os bolos. Ele gostava tanto de estar na cozinha comigo, que passava a vida a mexer em tudo panelas, tachos e o que apanhasse. Tive de lhe comprar a sua própria cozinha, neste momento até uma bimby Toy tem. Pode ser que esteja as nascer um futuro Chefe de cozinha.

Resistência à mudança

Sempre que tentamos mudar alguma coisa que está profundamente enraizada na nossa rotina temos um problema. É difícil deixar uma rotina confortável para iniciar algo novo. Tudo que é novo e desconhecido para mim é excitante, é um desafio mas para outros pode representar angustia e stresse. Se um dia tiver de fazer uma escolha entre algo rotineiro ou algo excitante, sei exactamente o que escolher. Prefiro algo que me surpreenda constantemente e me ponha à prova. Não gosto de coisas fáceis, perco rapidamente o interesse.

Para mim é difícil lidar com pessoas que não estão dispostas a mudar, no trabalho ou na minha vida. Não consigo compreender nem aceitar que muitas vezes não se façam mudanças, só porque alguém não está habituado a determinada coisa. Principalmente quando essa mudança representa uma melhoria na qualidade do trabalho.

Talvez seja exigente demais com os outros. Seja como for mudar é sempre bom, nem que sejam os móveis da casa ou o corte de cabelo. Quando decidi mudar o meu estilo de vida não estava à espera que fosse fácil. Não está, mas está a valer a pena. Sinto-me muito melhor fisicamente desde que comecei a comer de uma forma mais saudável e a praticar exercício. Melhorei a minha qualidade de vida, deixei de me preocupar com coisas que na verdade eram insignificantes. Cuido mais de mim, porque sei que se não for eu a fazer isso mais ninguém o vai fazer. Sinto também que se quero educar bem o meu filho, tenho que lhe dar um bom exemplo. Não posso esperar que ele coma os legumes e o peixe cozido se ele não me vir a fazer o mesmo.

Sinto-me criminosa...

Estou a ser muito relaxada comigo. Comi uma francesinha no domingo, como se isso não bastasse para me sentir culpada não me soube nada bem. Estou doente até agora, o meu corpo já não aguenta e nem está habituado a determinado tipo de comidas.

No treino confesso que não me tenho esforçado tanto como devia. Provavelmente porque me sinto cansada e doente. Tenho de inverter este ciclo, hoje vou definir tudo o que vou comer nos próximos dias e todas as aulas que vou fazer no ginásio. Sempre que organizo as minhas refeições as coisas correm melhor. Perco peso e não ando nauseada durante dias. Para além disso é muito mais fácil resistir a tentações. Se souber o que vou comer a seguir não vou abrir o frigorífico ou os armários à procura de qualquer coisa para roer.

Durante a noite tenho acordado com fome. Vou descalça nas pontinhas dos pés para não fazer barulho até à cozinha. Abro a porta do frigorífico, vejo a gelatina… Mas como o queijo! Se fosse magro não havia problema, mas não é. Logo a seguir sinto-me uma criminosa. Bebo um ou dois copos de água e penso que não devia ter feito aquilo. Vou ter mesmo de mudar este comportamento e deixar de assaltar a cozinha. Vou tentar não fazer mais isso.

Sou pobre mas sou feliz

Sinto-me revoltada pela falta de oportunidades que os jovens têm. Sinto-me uma privilegiada por ter um emprego e conseguir pagar as minhas contas todas no mesmo mês. Não consigo perceber como é que chegamos ao ponto em que estamos hoje. Pessoas que se fartam de trabalhar, esforçadas e sempre com a corda no pescoço. Entidades patronais que usam e abusam de recibos verdes, que contratam pessoas para explorar e que não criam vínculo com os colaboradores.

Infelizmente esta é a situação de algumas pessoas que conheço, mas uma delas tocou-me. Não costumo ser lamechas nem ter grandes preocupações com os outros, mas desta vez foi diferente. Talvez porque percebo que essa pessoa não é de se encostar e porque apesar de toda a situação que está viver consegue sempre transmitir energia positiva.  Eu não consigo ser assim, quando estou com algum problema tenho mesmo de curtir a fossa. Admiro quem apesar de todos os problemas que tem, não deixa que isso se reflicta no que faz. Invejo quem consegue dizer ‘Sou pobre mas sou feliz’.

 

Acredito verdadeiramente que as coisas vão melhorar. As coisas não podem correr sempre mal, são ciclos que acabam por inverter é apenas uma questão de tempo.Também está nas nossas mãos mudar, decisões que agora podem parecer difíceis e dolorosas acabam por nós dar alguma paz no futuro.

 

Coisas de homem e coisas de mulher

Há coisas que eu não compreendo realmente. Ontem tive de comprar óleo para o motor do carro, porque a luz ligou. Fui comprar o óleo, o senhor que me atendeu ficou muito 'surpreendido' por uma mulher lhe estar a pedir um tipo de óleo específico para o motor. Tentou-me impingir outro que não o que eu queria (talvez porque era mais caro), não conseguiu. Quando fui pagar, perguntou em forma de gozo:

- E vai por o óleo agora???!!!

- Dugth! Claro que não! O motor está quente!

Acho que não gostou da minha resposta, mas também não fiquei preocupada. Paguei e fui embora treinar.

 

Depois do treino, quando cheguei ao carro abrir o capô, depois o depósito do óleo e coloquei um pouco, apenas para a luz desligar e não me chatear. Quando dei por mim tinha assistência. Os carros que passavam por mim abrandavam para ver o que se passava, 2 ou 3 homens estavam a observar o que eu estava a fazer. Ainda ouvi um a dizer:

- Cuidado... Sim senhor...

Fiquei a pensar no que lhe estaria a passar pela cabeça. Talvez tenha achado fora do normal uma mulher saber abrir o capô do carro e muito pior saber onde é que se coloca o óleo do motor! Talvez tenha achado sexy uma mulher suja de óleo nas mãos :D

Não há mal em as pessoas se desenrascarem. Só faz bem saber este tipo de coisas e quando não se sabe, temos o Google ou perguntasse a quem saiba. Infelizmente ainda há coisas que são consideradas de homem ou de mulher, cabe a cada um de nós mudar isso.