Durante a minha adolescência sempre tive a mania que era muito radical. Quase
no final das férias de Verão e a uns dias de fazer 15 anos fui à Póvoa de
Varzim ter com os meus avós que estavam lá a passar uns dias de férias.
No primeiro dia que passei lá vi uns patins em linha numa loja que eram a
minha cara. Tanto devo ter chateado que os meus Avós me deram dinheiro como
prenda de aniversário para poder comprar os patins.
Já tinha andado mas nunca em linha, quando comecei não me pareceu difícil e
ganhei uma certa confiança. Passei o resto das minhas tardes a andar de patins com
a minha irmã e com uma colega.
Até que um dia decidi ir mais além. Tinham montado uma rampa para o pessoal
que andava de bike e de skate perto de minha casa, decidi testa-la com os
patins. Tenho a dizer que não foi boa ideia, principalmente porque não tinha
capacete. Olhei para a rampa e sem medo tentei subi-la... Grande croma! Cai de
costas, bati com a cabeça e fiquei uns minutos a olhar para o céu a ver
estrelas. Não devia ter feito aquilo, podia ter corrido muito mal. Nunca mais
tentei repetir e aos poucos encostei os patins.
Os patins ainda existem, estão algures em casa dos meus pais. Já os tentei
encontrar mas sem sucesso. Tenho vontade de voltar a andar. Quando os encontrar
não me vou armar e vou andar de capacete e protecções para os joelhos,
cotovelos e mãos.
Sem comentários:
Enviar um comentário