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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Sexto sentido

Não sei explicar mas de vez em quando tenho a certeza de coisas que vão acontecer. Há quem lhe chame sexto sentido ou intuição. É muito estranho e por vezes deixa-me nervosa quando o que vai acontecer não abona a meu favor. Consigo ver coisas onde por vezes algumas pessoas não vêm, dizem que é uma vantagem e que posso antecipar os meus passos.

Tenho frequentemente sensação de 'déjà vu', sei que a psicologia explica isso mas o facto é que quando acontece não me deixa indiferente e acabo por agir de acordo com o que vivi/sonhei antes. Já tomei decisões importantes com base em 'déjà vu' e não me arrependi. Coincidência ou não estes fenómenos acontecem quase sempre antes de um acontecimento importante. Tento retirar sempre algum significado disso.

Por vezes penso que tudo isto é apenas o resultado de ser muito observadora e de prestar atenção aos detalhes e às reacções das pessoas. Também ajudar ter memória de elefante, registo tudo o que me interessa com um nível de detalhe assustador.

Independente do motivo pelo qual estas coisas me acontecem, parece-me boa ideia nunca as ignorar.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Ridícula...

Estarei a cair no ridículo? Continuo a ouvir comentários pelo facto de treinar mais que uma vez por dia no ginásio. Fico sem perceber qual é o objectivo dos comentários... Á primeira vista pode parecer que é um elogio mas na maior parte das vezes tem-me parecido que não é.
Sinto-me obrigada a dar uma explicação para treinar tanto. Porque na cara das pessoas vejo como que eu esteja a cometer um crime ou o pior dos pecados. Tento ignorar a situação mas não estou a conseguir e a verdade é que os comentários me perturbam e desconcentram do meu objectivo.
Não sei que resposta dar, tenho vontade de dizer que o faço porque quero e porque me dá na real gana. Se responder assim os comentários vão continuar. Portanto, o melhor será dizer aquilo que as pessoas querem ouvir, tipo 'Vou ser operada ao joelho e tenho de aumentar à massa muscular'.
Ontem estive de férias, de manhã fui treinar sozinha. Dei-me uma grande coça, mas não o suficientemente grande porque durante a tarde andei mais 1h 30m de patins e fiz mais uma aula de RPM. Fiz umas contas rápidas e percebi que já não andava de patins há quase 17 anos. Protegi-me até aos dentes, calcei os patins, levantei-me e dei comigo a pensar 'E agora, c@r@$%&???'. Estava nervosa mas aos poucos comecei a deslocar-me lentamente, afinal ainda me lembrava como era.
Diverti-me muito, principalmente quando o meu filho me puxou na bicicleta dele.
Fiquei com dores nos joelhos mas já era expectável. Chamam-me doida por fazer estas coisas, não as consigo deixar de fazer. É mais forte que eu.
À noite antes na hora de deitar o menino, ele disse-me:
- MÃE!!! YOU ARE A STRONG MOTHER!
Não consigo imaginar melhor elogio, depois de ouvir isto nada mais importa.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Blue ocean


O dia hoje vai estar perfeito, da minha janela vejo o sol a querer romper e o céu a ficar azul. Dias que começam assim fazem-me acreditar na possibilidade de começar de novo.  Há quem não acredite que seja possível, eu própria tive momentos em que não acreditei, mas hoje acredito.

A minha cirurgia está cada vez mais próxima, sinto um misto de emoções. Se por um lado queria resolver o problema do joelho, por outro fico deprimida só de pensar nas limitações que vou ter no pós-operatório. Ficar dependente de alguém é uma coisa que me assusta profundamente, sempre fui o tipo de pessoa que faz as coisas por si e sem ter de recorrer aos outros. Sou uma ‘solitária’, sei que tenho a quem recorrer se for necessário mas não faz parte de mim fazer isso. Aprecio muito a minha independência, a possibilidade de ficar sem ela mesmo que seja por pouco tempo deixa-me transtornada. Por isso já estou a pensar em todos os pormenores para que possa continuar a fazer as minhas coisas.

Resolvi atacar um projecto que tinha na gaveta, sonhei com ele. Parece-me ser um bom presságio, falei dele a uma pessoa mas não me pareceu muito entusiasmada com o que lhe estava a apresentar. Honestamente por mim tudo bem na mesma, sei o que quero e que é uma boa ideia e que poderá ser o chamado ‘blue ocean’. Este tipo de coisas não acontece muitas vezes, por isso vou aproveitar a convalescença do meu joelho e pôr o meu cérebro a funcionar.  Vou transformar a minha lesão e a recuperação numa oportunidade.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Estou toda prejudicada

Hoje fui treinar, até aqui nada de novo. O problema é que me parecia que não estava cansada e que não tinha sido muito puxado o treino. Errado! Estou toda prejudicada! Isto para não dizer nada pior, mal me seguro em pé. Estou cheia de sono e ainda tenho os braços a arder.
 
Tenho a sensação que era capaz de dormir toda a tarde, mas isso não vai acontecer para mal dos meus pecados.
 
Já sucumbi aos prazeres mundanos e bebi um café, bebia outro mas entretanto o meu fígado e a minha vesicula desistiram de mim.
 
Daqui a umas horas faço mais uma aula de RPM e isto passa.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Síndrome de La Tourette

Não fecho bem a porta, existe algo em mim que faz com que em situações de stress e sérias eu não mantenha um pensamento normal.
Dou comigo a pensar nas coisas mais estupidas, palermas e até obscenas em funerais, casamentos, baptizados e reuniões chatas. É uma espécie de síndrome de La Tourette do pensamento, só me dá o 'diabo pró mal' como diz a minha mãe. Tento manter o foco na cerimónia ou no assunto da reunião mas é inevitável, vêm-me coisas estranhas ao pensamento. Involuntariamente também saltam advérbios de intensidade da minha boca.

Pensei que era caso único, mas descobri que uma colega sofre da mesma patologia. Falamos sobre isso e foi de rir, já não me sinto sozinha.
Esta situação é desconfortável principalmente em funerais, já vivi situações embaraçosas. Dei comigo às gargalhadas e a não conseguir controlar o riso, juro que não foi por mal. A minha imaginação é fértil demais e dá nisto... Sou um caso perdido...